Quer saber como aumentar em até 2x a produção @/ha/ano e em até 30% o suporte da pastagem?
Confira abaixo 6 pontos para implantação de um sistema de manejo de desponte / repasse eficaz.
Com ele você vai aumentar a produtividade do seu rebanho de corte e alavancar os resultados da sua fazenda.
O sistema de manejo de desponte/repasse é uma tecnologia que permite conciliar o alto desempenho dos animais com o pastejo rotacionado.
Como funciona o pastejo rotacionado tradicional
O sistema de pastejo rotacionado consiste na divisão da fazenda em diversos módulos, que são subdivididos em vários piquetes.
A partir daí, com base em informações sobre o clima da região, tipo de solo, monitoramento da forragem e da carga dos animais, maneja-se o gado entre os piquetes, respeitando as condições para rebrota e crescimento da forragem.
Qual a diferença do manejo de desponte/repasse?
O grande diferencial do sistema de manejo de desponte/repasse, consiste em se manejar parte do lote à frente – cerca de 20% da capacidade do suporte do módulo – possibilitando ganhos excepcionais a estes animais.
Enquanto isso, o restante do lote – 80% da capacidade de suporte do módulo – segue atrás, ingerindo também forragem de boa qualidade, fazendo com que, nos dois lotes, o ganho médio de peso seja potencializado.
Veja aqui como funciona em um exemplo fictício de pastejo rotacionado com manejo desponte/repasse em piquetes de braquiária:
Benefícios
Dentre os diversos benefícios, podemos citar como os mais importantes, o aumento da produtividade em @/ha/ano e o aumento do suporte da pastagem – quando comparado ao sistema tradicional de pastejo contínuo.
Ambos são impactantes para o resultado da fazenda, pois permitem um melhor ganho por área e um maior giro do estoque de rebanho.
Tudo isto só é possível, é claro, quando aliado a outros fatores cruciais que asseguram a performance apropriada do rebanho, como um Programa Nutricional adequado, como os sugeridos pelos técnicos da Prodap.
Abaixo, segue algumas informações de dados da Prodap comparados à média nacional:
Pastagem extensiva mal manejada (média nacional):
3-4@/ha/ano;
3-4@/cab./ano.
Pastagem extensiva bem manejada (dados Prodap):
8-10@/ha/ano (2x);
5-6@/cab./ano (1,5x).
Mas e então? Quais passos seguir para implantar um sistema de manejo de desponte repasse? Veja abaixo:
6 passos para implementar o pastejo rotacionado com manejo desponte/repasse
1 – Foco no sistema e não no rebanho ou no ambiente
Para se implantar o sistema de manejo de Desponte / Repasse é entender o animal como integrante de um sistema e a produção da pastagem como uma inter-relação de fatores que envolvem sistemas biológicos.
Momento 1
Entender que o solo é um organismo vivo e que além dele, a forragem, o animal e o clima também compõem este sistema é a base para se implantar o manejo de desponte/repasse.
Para que isso ocorra, é necessário reservar uma massa de forragem – cobertura morta – que auxilia na proteção contra erosões, na retenção de líquidos e serve de fonte de nutrientes para os microrganismos do solo.
Momento 2
Posteriormente, é preciso atender às necessidades das pastagens.
Reserve massa e área foliar remanescentes de forragem que sejam capazes de possibilitar condições de rebrota e crescimento da planta.
Momento 3
Por último, atendidos necessidades de solo e de pastagem, é que a necessidade do animal deverá ser atendida, priorizando as categorias por nível de exigência.
Além disso, é preciso entender a influência do clima da região na produção da forragem, definir corretamente os períodos de águas e seca e determinar o potencial de produção e distribuição da massa de capim ao longo da safra e entressafra.
2 – Carga x Suporte
Entende-se por carga o peso total existente em uma unidade de área, ou seja, o produto do rebanho vezes o peso existente dentro da fazenda.
Já o suporte, refere-se ao peso total suportado em uma unidade de área, ou seja, o rebanho que a fazenda suporta.
Para implantar um sistema de manejo de desponte/repasse, é necessário se adequar a carga presente em cada módulo à sua respectiva capacidade de suporte.
Para isto, leva-se em conta o consumo diário do animal (que varia de acordo com seu peso), o potencial de produção da forragem – que varia de acordo com o tipo de solo, de gramínea, clima, utilização de irrigação e adubação – e a necessidade de forragem remanescente para o solo e para a planta.
Somente assim, definidos todos estes aspectos e considerando a evolução do ganho de peso dos animais, será possível adequar-se corretamente a carga existente ao suporte da fazenda, possibilitar o correto pastejo e a sustentabilidade da operação.
Abaixo segue gráfico que demonstra o desempenho animal em função da capacidade de suporte(TL):
3 – Tamanho dos Pastos
O tamanho dos pastos interfere diretamente no pastejo dos animais, na produção da forragem e, consequentemente, no suporte da fazenda e no desempenho do rebanho.
Por isto, pastos com tamanhos adequados são essenciais para a implantação de um sistema de manejo de desponte e repasse. São eles que possibilitam o correto aproveitamento da massa de forragem produzida e o máximo desempenho possível.
4 – Tamanho do Lote
O tamanho do lote, ou seja, a quantidade de animais por piquete também é um aspecto primordial. Essa divisão influencia no comportamento dos animais no seu consumo e ganho de peso.
5 – Estrutura
Implantar um sistema de manejo de desponte repasse só é possível com uma boa estrutura de cercas, cochos e aguadas.
As cercas devem estar em boas condições e serem capazes de realizar a contenção dos animais, evitando entreveros e consequentemente, perdas de desempenho do lote.
Preferencialmente devem ser eletrificadas, pois garantem uma melhor contenção, a um menor custo de manutenção, quando comparadas às cercas convencionais.
Além disso, boas condições de estrutura e suporte de cocho e um projeto hidráulico que disponibilize água em todos os piquetes são essenciais para o sistema de manejo de desponte e repasse.
6 – Desenvolvimento de Equipe
Por último e não menos importante, são as pessoas. Para que qualquer planejamento ou estratégia saia do papel e seja implantada com sucesso, é preciso treinar e desenvolver equipes.
No sistema de manejo de desponte/repasse não é diferente.
As equipes devem ser treinadas em diversos aspectos, como no monitoramento da altura e qualidade da forragem
Isso, para entender o padrão de crescimento da planta e identificar se aquele tipo de forragem está em fase de ascensão em sua produção ou se já se encontra em declínio.
3 pontos para engajar sua equipe
Estando bem treinada, é a sua equipe que demandará ajustes de carga. É ela que vai avaliar a condição geral dos rebanhos, evolução de peso e discrepâncias de lote que necessitarão de manejo; dentre outras atividades.
Por isso o mais importante em toda fazenda e negócio é manter do seu lado quem vai te ajudar a crescer. Boas práticas de liderança são:
Convencê-los dos ganhos deste sistema
Incluí-los nas decisões de mudança
Ouví-los e fazer com que se sintam responsáveis pelo resultado final da operação.
Somente assim, a mudança será bem-vinda e o processo como um todo poderá desempenhar seu máximo potencial.
Implantar um sistema de manejo de desponte/repasse permite ganhos excepcionais para a atividade, elevando em até 2x a produção de @ / ha / ano e em até 30% o suporte da fazenda.
Estes ganhos na produtividade tem impacto direto no resultado financeiro da operação e contribuem para a sustentabilidade do negócio.
Dentre as diversas soluções que a Prodap oferece aos seus clientes, em um trabalho de parceria, auxiliamos a empresa na implantação do sistema de manejo de desponte/repasse, bem como de todos os quesitos relacionados.
Isso desde a análise do potencial de produção da forragem da fazenda, ajuste da relação carga x suporte, até o treinamento das equipes e implantação de um sistema de metas e gestão de indicadores.
Tudo isto é claro, sempre focado na alavancagem dos resultados financeiros da empresa, que é o nosso principal objetivo.
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