O período do periparto é um momento de alto risco, pois o parto distócico em vacas é um problema recorrente.
As distocias são as dificuldades ou atrasos no parto ou a completa incapacidade de parição.
Este problema é uma das principais causas de morte perinatal em bezerros, causando um grande prejuízo econômico para o produtor.
Esta dificuldade do parto aumenta a taxa de descarte, principalmente de primíparas, além de reduzir a vida produtiva da vaca em 10%, aproximadamente.
Causas de parto distócico em vacas
As distocias podem ocorrer por várias causas.
Dentre elas, um fator de grande importância para a ocorrência de problemas ao parto é o escore de condição corporal das vacas, pois o acúmulo de gordura na pelve irá reduzir o canal do parto.
Além disso, podemos citar:
- Desproporção entre o feto e a pelve (DFP)
- Parto gemelar
- Falta de contração uterina
- Falta de dilatação do canal do parto
- Idade das novilhas ao parto
- Má formação do bezerro
- Má posição do feto
Assistência ao parto
Um ponto a se pensar e questionar é quanto à necessidade ou não de assistência ao parto.
Segundo estudos, a prevalência de distocia nas fazendas é de 4,1 a 13,7%, enquanto a taxa de assistência ao parto é muito superior, sendo de 10 a mais de 50%
Com esses dados conseguimos observar que, por vezes, a assistência é realizada em casos que seria dispensável.
Caso a assistência seja feita de forma prematura, os resultados disso podem ser laceração de vulva/vagina, retenção de placenta, aumento do número de natimortos, atraso na involução uterina e muitas outras consequências.
Quando auxiliar o parto?
A recomendação é que o auxílio do parto ocorra após 70 minutos após a visualização da bolsa amniótica ou 65 minutos após a visualização dos membros do feto na vulva da vaca.
Outras situações em que a assistência é recomendada é em caso do bezerro apresentar sinais de falta de vigor ou em que o parto não está mais progredindo por mais de 30 minutos
Para isso, toda fazenda deve ter um protocolo de assistência ao parto e funcionários capacitados para intervir caso seja necessário.
Escala de facilidade de parto
A facilidade do parto é mensurada por um índice numérico de 1 a 5, em que:
- sem assistência
- assistência fácil
- assistência media (assistência mecânica)
- assistência maior (cesariana)
- dificuldade extrema (parto anormal)
Como prevenir parto distócico em vacas
Alguns cuidados podem ser tomados para evitar a ocorrência de parto distócico em vacas e novilhas.
Um desses cuidados é a realização do manejo reprodutivo de forma adequada, fazendo a primeira inseminação no tempo correto.
Em estudos do ano de 2021 foram mostrados que o peso ao 1º parto deve corresponder de 73 a 77% do peso do animal adulto.
Outro cuidado é na escolha do touro, optando por animais com habilidade de parto e baixa porcentagem de nascimento de bezerros natimortos.
O touro tem influência, também, no tamanho do bezerro, é preciso ter cuidado para não ter uma cria muito grande em uma vaca pequena ou novilhas.
Além disso, garantir que as vacas estejam em piquetes e baias maternidade com boas condições de higiene, conforto término é sejam observadas durante o parto.
- Dieta de transição
- Piquete maternidade
- Auxílio ao parto
- Treinamento dos colaboradores
A gestão da fazenda é um outro fator que pode ajudar a prevenir os partos distócicos em vacas.
Isso porque irá garantir uma maior organização e preparo a partir da previsibilidade dos acontecimentos de forma embasada em dados concretos.
Dessa forma, o Smartmilk, um software desenvolvido para a gestão de fazendas leiteiras, irá mostrar de forma amigável um resumo do rebanho em sua página inicial que mostrará quantos partos estão previstos para o período avaliado, além de muitas outras informações.
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