Para quem compra e vende bois, como é o caso de muitos pecuaristas e agricultores no Brasil, a produtividade é a chave para o sucesso.
Com espaço de manobra reduzido nessas atividades, resta ao empresário fazer o “dever de casa” bem feito.
Você deve conhecer bem como alavancar o ganho de peso dos animais a pasto para garantir o sucesso financeiro da sua fazenda.
Para isso, é de extrema importância entender todos os movimentos que influenciam na produção do seu rebanho. Confira abaixo:
As várias relações do @ com o seu dinheiro
Um dos principais indicadores produtivos que faz com que a recria/engorda a pasto seja lucrativa é o ganho de peso.
Resumidamente, quanto mais peso os animais ganham diariamente, mais rápido eles atingem o peso de abate ou peso para entrada em confinamento, em sistemas voltados exclusivamente para a recria.
Isso permite girar o estoque em um espaço menor de tempo, o que aumenta as receitas anuais – devido ao maior volume – e reduz o tempo de permanecia do animal na fazenda, reduzindo assim, seu custo final.
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Exemplo prático
Por exemplo, se um animal gera gastos (custeio) de R$ 25,00/mês e permanece 10 meses na fazenda, seu gasto total é de R$ 250,00.
Caso este mesmo animal permaneça 15 meses, seu gasto total passa a ser de R$ 375,00. Como o valor recebido pela @ não é acrescido pelo tempo de permanência, a margem do animal que permanece mais tempo na fazenda é menor.
Por isso o ganho de peso do rebanho é tão importante. Os animais no Brasil tem potencial genético para ganhar até 12@ cab/ano.
No entanto, as adversidades de ambiente fazem com que estes ganhos sejam muito menores.
Nos diagnósticos realizados nas fazendas pela Prodap em diversos estados no Brasil, etapa que antecede a implantação das Soluções, tem-se observado ganhos de peso em média de 4@ cab/ano! Em comparação com 12!
Isso quer dizer que 1 animal desmamado com 180 quilos, demora cerca de 2,4 anos para atingir o peso mínimo ideal de abate. Caso desempenhasse todo seu potencial genético, esse tempo seria reduzido para 0,9 anos!
Claro que, mesmo nas melhores condições físicas e climáticas, ainda não é viável fazer com que os animais atinjam tal patamar de ganho de peso.
Porém, alguns fatores podem elevar o ganho de peso dos animais de um patamar médio de 4@ cab/ano para 6 ou 7 ou até 8@ cab/ano.
Confira abaixo que pontos são esses e como eles podem impactar no ganho de peso do rebanho.
1 – Planejamento da Fazenda: Carga/suporte
A fazenda deve ser tratada como uma lavoura de capim.
Para que as plantas consigam se desenvolver, é essencial que se respeite 3 aspectos:
- A necessidade de reposição de nutrientes do solo;
- A necessidade de crescimento da planta;
- Grantia de nutrição com o que o animal irá consumir.
Por exemplo, em uma fazenda do Brasil Central, com boa fertilidade natural de solo e com período de chuvas bem delineado de outubro a março, uma pastagem pode produzir até 9.000kg de matéria seca por hectare por ano.
Para manter o solo, precisamos deixar aproximadamente cerca de 2.000 kg/ms por ano como cobertura morta e para a planta produzir adequadamente no próximo ano, precisamos de mais 2.500 kg/ms como resíduo da touceira no final da seca.
Desta forma, sobra para o animal cerca de 4.500 kg/ms/ha/ano para ser consumido durante todo o ano. Se um animal de peso médio de 400 kg consome em média 2,5% do peso vivo por dia, seu consumo será de 10 kg/dia.
Para calcular a capacidade de suporte desta fazenda por ano (em quilos de peso vivo por hectare), basta dividir a massa de forragem disponível para os animais no ano pelo consumo anual de um animal.
No caso do exemplo, (4500kg/ms / peso médio * 2,5% * nº de dias de consumo no pasto).
2 – Manejo de Pastagens: Carga/suporte
É essencial que a carga suporte não seja a média da fazenda.
Por exemplo, se tivermos 10 pastos, com 5 acima da carga aceitável e 5 abaixo e na média a fazenda estiver dentro da carga ideal, o desenvolvimento das pastagens fica comprometido.
É preciso ter o controle de carga / suporte pasto a pasto.
É evidente que esta conta serve apenas como um direcionamento.
Por isso é muito importante que a equipe da fazenda esteja muito bem treinada em manejo de pastagens.
Principalmente quando se tratar das alturas de entrada e saída de gado e com o “olho treinado”, para avaliar, pela aparência da forragem, o suporte de cada pasto.
3 – Manejo de Cochos: Constância e Qualidade da nutrição animal
É de conhecimento de todos que as pastagens brasileiras têm deficiências de uma série de nutrientes.
Esses nutrientes, por sua vez, são fundamentais para garantir o ganho de peso.
Por isso, a suplementação, apesar de corresponder a apenas cerca de 1% do total médio anual de alimentos ingeridos pelo animal, é fator chave para o sucesso.
Como este 1% tem o potencial de balancear os 99% provenientes da pastagem!
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Isso acontece através da adequação do suplemento ao seu rebanho. Ou seja, mapeamento é fundamental para que ele possa expressar todo o potencial de ganho, dentro das condições das pastagens oferecidas.
Análise de Cocho
Além de suprir com suplementos o que o seu solo não oferece, a disponibilidade de produto no cocho para os animais, deve ser constante.
Para que isso ocorra é preciso:
- Estrutura de cochos cobertos e estoques intermediários
- Estrutura de mistura (caso produtos concentrados) e armazenagem adequados
- Uso do produto adequado para a categoria, época do ano e meta de desempenho
- Processos de logística e distribuição bem definidos
4 – Manejo de Pastagens: Cercas Divisórias
Entreveros ocorrem todas as vezes em que um ou mais animais invadem lotes distintos ao seu de origem.
Isso acontece em grande maioria, devido a falta de manutenção ou má qualidade das cercas divisórias.
Essa mistura entre animais que não possuem o costume de estar juntos, causa um abalo na estrutura de poder do grupo, podendo incorrer em brigas e “montação” (sodomia).
Agitados, os animais consomem energia e consequentemente reduzem o ganho de peso.
5 – Tamanho de lote
Em todos os grupos, existem hierarquias definidas, inclusive em um lote de animais dentro de um pasto.
Há um comportamento social do rebanho que deve ser respeitado.
Normalmente, eles seguem a curva de distribuição normal, onde 20% são mais fortes, 70% são normais e 10% são mais fracos.
Caso o lote tenha 100 animais, serão 10 animais fracos e que normalmente irão comer e beber em piores condições.
Caso o lote tenha 50, serão 5 e caso tenha 20 serão 2.
Ou seja, a redução do lote implica na redução do número de animais fracos dentro do mesmo grupo, fazendo com que haja mais homogeneidade de ganho de peso em toda a fazenda.
Respeitado os tamanhos de lotes por categoria, minimizam-se as disputas e um lote harmônico expressa melhor seu potencial de ganho.
Outro ponto que é influenciado pelo tamanho dos lotes é que lotes grandes exigem áreas grandes.
Em áreas grandes, o consumo ocorre próximo a área de cocho e pode haver grande heterogeneidade de consumo de capim dentro do pasto.
Acarretando super consumo perto do malhadouro e sub consumo em áreas mais afastadas.
6 – Ganho de Peso: Sanidade do boi
Não podemos ter sócios indesejáveis dentro do nosso negócio.
A presença de vermes e parasitas nos animais consomem seus nutrientes e energia, fazendo com que o ganho de peso fique comprometido.
Por isso é importante ter, por exemplo, um planejamento sanitário bem definido e estruturas de fossas cercadas e bem localizadas para descarte de ossadas.
Essas práticas evitam o desenvolvimento de botulismo, fator de risco no consumo dessas ossadas pelos animais e a contaminação das aguadas.
A Prodap desenvolve junto a seus clientes, um trabalho de parceria focado no resultado financeiro do negócio.
O primeiro passo para desenvolver este trabalho e alavancar os resultados é a realização de um diagnóstico de todo o sistema produtivo da fazenda, composto, dentre outros aspectos, por um levantamento detalhado de cada um destes 6 fatores.
Com base nessas informações, complementadas por informações de resultados financeiros da atividade, uma solução é definida em comum acordo com cada cliente.
Contemplando, dentre outras coisas, a otimização de todos estes pontos, com implantação de metas, indicadores e processos e capacitação de toda a equipe da fazenda.
Manter um desempenho de alta performance na pecuária de corte a pasto, implica em gerir com eficácia cada um dos 6 fatores aqui abordados.
Desta forma, o gestor eleva o ganho de peso dos animais, aumenta o giro do estoque e reduz os custos por animal. O resultado só pode ser um: produtividade elevada na fazenda e maior lucro no negócio.
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